A primeira bênção liberada por Deus ao homem que acabara de criar foi a bênção da fecundidade. Ele fez isso para que o homem pudesse se multiplicar e encher a terra. Isso está em Gênesis:
Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra. (Gn 1.27-28)
Adão foi o primeiro homem (alma vivente), e Jesus Cristo, o segundo homem (espírito vivificante). O homem natural estava recebendo a bênção da fecundidade para encher a terra de filhos naturais. Mas nós, os homens espirituais, recebemos a bênção da fecundidade para encher a terra de filhos espirituais, filhos para Deus.
Quando Deus compartilhou essa verdade em meu coração, tudo mudou em meu ministério e em minha liderança. Lembro-me de algo tremendo: um crescimento extraordinário que aconteceu quando eu era pastora de uma das redes de crianças na Igreja Videira em Goiânia.
Em 2003, fui inquietada pelo Senhor para avançar e conquistar as crianças da nossa cidade. E, com esse encargo em meu coração, começamos a orar e trabalhar treinando e levantando novas líderes. Lançamos estratégias de crescimento e evangelismo. Fizemos reuniões de oração, vigílias, jejuns e várias reuniões para motivar a fé das líderes para uma grande colheita. Qual foi o resultado? Em seis meses, saímos de 33 para 102 células de crianças e juvenis.
A revelação de que a unção de fecundidade estava sobre minha vida me fez crer em uma grande colheita. Quero declarar que essa mesma unção já foi liberada sobre a sua vida. A unção de fecundidade está sobre você. Creia nisso!
Como líderes e pastores, como filhos de Adão, somos herdeiros desta mesma bênção: a bênção da fecundidade. Essa bênção é nossa. Deus nos deu essa maravilhosa bênção. Ao ter nossos olhos abertos para essa verdade, devemos remover, em nome de Jesus, toda esterilidade e infertilidade de nossa vida e liderança.
Além disso, a Palavra de Deus deixa claro que, através dos nossos frutos, podemos honrar e glorificar a Deus. Sempre faço essa pergunta às líderes que estão debaixo da minha liderança: “Quantas querem glorificar e honrar ao Senhor?” A maneira de fazermos isso é através dos frutos que gerarmos.
Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto. (Jo 15.8)
É importante entendermos que “ser fecundo” faz parte do propósito para cada filho de Deus. Não é uma questão de chamado ou de ministério. Não é para alguns nem para os mais “ungidos”, tampouco para os que têm o “dom” de evangelizar. Não é uma questão de idade, de saber falar bem ou não. Desde uma criança pequena até uma pessoa mais velha, todos nós podemos dar frutos e glorificar ao Senhor. Recebemos a bênção da fecundidade para encher a terra de filhos para Deus.
Talvez, alguns pensem que a promessa de abundante fecundidade era apenas para Abraão, quando Deus disse que abençoaria as famílias da terra e que sua descendência multiplicaria como as estrelas do céu e a areia da praia. Entretanto, no Novo Testamento, a promessa de gerar frutos espirituais foi confirmada por Jesus aos seus discípulos.
Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda. (Jo 15.16)
Nesse texto, Jesus deixa claro seu propósito para nós: Ele deseja que sejamos frutíferos. Como igreja, precisamos compreender que a ideia original de Deus a respeito do homem não mudou. Ele continua desejando ver nossa fecundidade fluindo e nossa multiplicação enchendo toda a terra de filhos nascidos de novo para a sua glória. Mas essa não tem sido a realidade de muitos na igreja. Infelizmente, nem sempre temos visto os frutos abundantes entre nós.
Em alguns momentos, em nosso ministério, o diabo se levanta para resistir nossa frutificação e crescimento. Muitos de nós olhamos para as circunstâncias que nos cercam e acreditamos que não conseguiremos crescer nem multiplicar. A falta de líderes, de anfitriões, de uma estrutura ideal para o trabalho acontecer e muitos outros fatores nos fazem pensar: “Não será possível”.
O mesmo receio veio sobre Abraão e Sara quando receberam a promessa de Deus. Eles olharam para suas impossibilidades, e Sara chegou a dar risada diante daquela promessa.
Abraão e Sara eram já velhos, avançados em idade; e a Sara já lhe havia cessado o costume das mulheres. Riu-se, pois, Sara no seu íntimo, dizendo consigo mesma: Depois de velha, e velho também o meu senhor, terei ainda prazer? Disse o Senhor a Abraão: Por que se riu Sara, dizendo: Será verdade que darei ainda à luz, sendo velha? Acaso, para o Senhor há coisa demasiadamente difícil? Daqui a um ano, neste mesmo tempo, voltarei a ti, e Sara terá um filho. (Gn 18.11-14)
A situação natural de Abraão e Sara impossibilitava o cumprimento da promessa de Deus. Eles já eram velhos e lhes era impossível gerar um filho. Como se tornaria verdade o que Deus havia falado? Da mesma forma, existem em nós situações que parecem impossíveis aos olhos naturais. Contudo, quero lembrá-lo de que seu Deus é o mesmo que fez cumprir a promessa feita Abraão e Sara. Não há nada demasiadamente difícil para Ele.
Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá? (Nm 23.19)
Não olhemos para nossas imperfeições nem para nossas dificuldades ou impossibilidades, olhemos para o Senhor da promessa, pois aquele que prometeu é fiel para cumprir.
Não haverá dificuldades e deficiências que poderão conter a promessa de Deus na vida daqueles que creem na bênção da fecundidade e abundante frutificação.
Como filhos de Abraão, precisamos crer como Abraão. Tenha fé para um tempo de grande crescimento. Este é o tempo do cumprimento da promessa de Deus em nossa vida. Ele proverá todas as coisas para isso. Creia na provisão de líderes, de discipuladores, de pastores e de tudo o que precisamos para cumprirmos o seu propósito de fecundidade abundante em nós.
Este é o tempo de rejeitar e lançar fora todo espírito de infertilidade e esterilidade. É tempo de lançarmos as redes sob a Palavra poderosa que o Senhor tem liberado para nós. É tempo de nos apropriarmos da unção de fecundidade e crescimento. Quero desafiá-lo a ousar e crer nessa palavra e, como Simão Pedro, lançar as redes para uma grande colheita para o Senhor.
Sob a tua palavra lançarei as redes. (Lc 5.5)
Nós estamos vivendo no tempo de maior número de pessoas vivas da história na face da terra. Especialistas dizem que nunca houve e nunca haverá a quantidade de pessoas que há nos dias de hoje. Somos mais de 8 bilhões de pessoas, mas estudos comprovam que esse número vai cair, pelos motivos já mencionados anteriormente. Países como o Japão terão uma população 30% menor até o ano de 2050.
Olhando para esses dados, podemos ver profeticamente o tempo da nossa oportunidade. O tempo de maior número de pessoas vivas também é o tempo de maior colheita. Lembre-se de que a unção de fecundidade é nossa por herança.
Quero profetizar que o tempo de esterilidade acabou e que viveremos um tempo sem precedentes na maior colheita de crianças e juvenis para o reino de Deus na história de nosso país. Experimentaremos um grande mover de crescimento em nossas células e igrejas, para a glória de Deus!
Fonte: Liderança frutífera — Pra. Marília Pedroza
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