Vivemos num mundo caído que ainda está debaixo da maldição do pecado. Por causa disso, podemos sofrer ainda com muitos tipos de ataques espirituais, e a enfermidade certamente é o mais visível deles. Gostaria de ministrar fé ao seu coração para receber cura hoje mostrando cinco bases para a sua fé.
Vamos ver três ocasiões em que o Senhor nos mostra como Ele via o homem enfermo. Precisamos também ganhar sua perspectiva.
1. Ele os vê como ovelhas que caíram numa cova
Tendo Jesus partido dali, entrou na sinagoga deles. Achava-se ali um homem que tinha uma das mãos ressequida; e eles, então, com o intuito de acusá-lo, perguntaram a Jesus: É lícito curar no sábado? Ao que lhes respondeu: Qual dentre vós será o homem que, tendo uma ovelha, e, num sábado, esta cair numa cova, não fará todo o esforço, tirando-a dali? Ora, quanto mais vale um homem que uma ovelha? Logo, é lícito, nos sábados, fazer o bem. Então, disse ao homem: Estende a mão. Estendeu-a, e ela ficou sã como a outra. Retirando-se, porém, os fariseus, conspiravam contra ele, sobre como lhe tirariam a vida. (Mt 12.9-14)
Os fariseus claramente criam que o Senhor podia curar o homem, mas mesmo assim desafiaram-no a curar no sábado. O Senhor, então, mostra o coração de Deus para com eles. Se eles estavam dispostos a tirar uma ovelha que caiu numa cova no dia de sábado, muito mais o Senhor tiraria o enfermo da sua cova, porque valemos muito mais do que uma ovelha.
Essa é a maneira como o Senhor vê aqueles que estão doentes. Ele nunca os vê em seus erros. Ele os vê como ovelhas que caíram numa cova. Quando alguém está caído num buraco, não ficamos discutindo como ele chegou ali, nós resolvemos o problema, nós o tiramos de lá.
Precisamos mudar a nossa mente e ver da maneira como o Senhor vê. Quando vivemos pelo merecimento da lei, não conseguimos perceber o valor das pessoas, porque concluímos que a ovelha mereceu cair na cova. É claro que o pecado desagrada a Deus, mas a justiça própria é a mãe de todos os pecados.
Quando você encontrar uma pessoa doente, nunca faça a pergunta: “Quem pecou?”
Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus. (Jo 9.1-3)
Quando você encontrar uma situação que precisa da intervenção do Senhor, apenas saiba que você está diante daquele problema para resolvê-lo, para trazer o suprimento de Deus sobre ele. Creio que isso é tudo o que precisamos saber sobre o problema do outro.
Na Velha Aliança, a pergunta é sempre: “Quem pecou?” Mas, na Nova Aliança, a pergunta é: “Quem intentará acusação contra nós?” Isso mostra qual deve a nossa atitude diante de qualquer problema.
Essa é a razão por que muitas pessoas escondem suas enfermidades em certas igrejas. Elas não podem pedir oração porque serão acusadas de pecado. Veja como o diabo traz o jugo, a pessoa sofre com o ataque da doença e ainda sofre sem poder receber a ajuda dos irmãos.
2. O Senhor vê o doente como um sedento que precisa ser suprido
E veio ali uma mulher possessa de um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; andava ela encurvada, sem de modo algum poder endireitar-se. Vendo-a Jesus, chamou-a e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade; e, impondo-lhe as mãos, ela imediatamente se endireitou e dava glória a Deus. O chefe da sinagoga, indignado de ver que Jesus curava no sábado, disse à multidão: Seis dias há em que se deve trabalhar; vinde, pois, nesses dias para serdes curados e não no sábado. Disse-lhe, porém, o Senhor: Hipócritas, cada um de vós não desprende da manjedoura, no sábado, o seu boi ou o seu jumento, para levá-lo a beber? Por que motivo não se devia livrar deste cativeiro, em dia de sábado, esta filha de Abraão, a quem Satanás trazia presa há dezoito anos? Tendo ele dito estas palavras, todos os seus adversários se envergonharam. Entretanto, o povo se alegrava por todos os gloriosos feitos que Jesus realizava. (Lc 13.11-17)
Aquela mulher estava oprimida por um demônio de enfermidade, no entanto o Senhor a curou sem falar nada com o espírito imundo. Mesmo que não conheçamos tanto a respeito de demônios, ainda assim podemos ser usados para libertar as pessoas.
Muitas vezes, as pessoas estão doentes e a causa não é terem feito isso ou aquilo errado, mas elas foram alvos de ataques espirituais. Nunca devemos ignorar as obras do maligno.
Aquela mulher estava doente há dezoito anos. Todos a conheciam, ela agora estava curada, mas o seu líder não ficou feliz, pois não estava preocupado com a ovelha. Ele disse: “Há seis dias em que o homem deve trabalhar”. Esta era a sua mentalidade: o homem trabalha para receber de Deus. Entretanto, o Senhor quer fazer sua obra quando o homem desiste de merecer pelo seu trabalho.
O Senhor diz que, no sábado, todos desprendem o seu boi da manjedoura a fim de levá-lo para beber. A ilustração agora é que o enfermo precisa beber da água viva. O Senhor vê o doente como um sedento precisando ser suprido.
A mulher tinha um espírito de enfermidade, e o Senhor esclarece que satanás a trazia presa por dezoito anos. Isso mostra de onde procede a enfermidade, do diabo. A mulher estava presa com sede, mas agora foi desprendida para beber a água da cura.
3. Ele vê o enfermo como um filho que caiu num poço
Aconteceu que, ao entrar ele num sábado na casa de um dos principais fariseus para comer pão, eis que o estavam observando. Ora, diante dele se achava um homem hidrópico. Então, Jesus, dirigindo-se aos intérpretes da Lei e aos fariseus, perguntou-lhes: É ou não é lícito curar no sábado? Eles, porém, nada disseram. E, tomando-o, o curou e o despediu. A seguir, lhes perguntou: Qual de vós, se o filho ou o boi cair num poço, não o tirará logo, mesmo em dia de sábado? A isto nada puderam responder. (Lc 14.1-6)
Não é fascinante como o Senhor gostava de fazer seus milagres no sábado? Quando o homem descansa, Deus trabalha.
Mais uma vez, nessa ocasião, o Senhor mostra que precisamos ver o enfermo como um filho que caiu num poço. Se um filho cai num poço, não ficamos ali exortando-o a ser mais cuidadoso ou perguntando detalhes como tudo aconteceu, nós simplesmente o tiramos de lá. Tudo isso mostra como o Senhor nos ama.
Nos dias do ministério de Jesus, todos os que vieram a Ele foram curados. Não houve uma vez sequer que Ele mandou o enfermo para casa a fim de que primeiro pudesse se reconciliar com sua esposa ou abandonar certo pecado. Certamente, no meio daquela multidão, havia pessoas com todo o tipo de pecado, mas mesmo assim todos foram curados.
No entanto, houve um tipo de pessoa que nunca recebeu nada do Senhor: os fariseus. Eles eram cheios de merecimento e justiça própria, por isso nada receberam. Não tente merecer a cura. Em Lucas 4, o Senhor nos explica a base pela recebemos de Deus.
Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler. Então, lhe deram o livro do profeta Isaías, e, abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor. Tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele. Então, passou Jesus a dizer-lhes: Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir. (Lc 4.16-21)
Nesse texto, o Senhor Jesus está lendo a profecia de Isaías 61 numa sinagoga em Nazaré, a cidade onde fora criado. A primeira coisa que Ele diz é que veio pregar boas novas aos pobres. Qual é a boa notícia que o pobre deseja ouvir? É que a sua dívida aumentou? Claro que não! O pobre quer ouvir que há esperança de prosperar. O Senhor foi enviado para dar libertação aos cativos e curar os doentes. Foi para isso que Ele foi ungido, e Ele continua fazendo isso ainda hoje.
Todavia, depois de dizer isso, o Senhor confronta a atitude do povo com dois exemplos do Velho Testamento. Ele diz que havia muitas viúvas havia em Israel no tempo de Elias, quando o céu se fechou por três anos e seis meses, reinando grande fome em toda a terra, e a nenhuma delas foi Elias enviado, senão a uma viúva de Sarepta de Sidom. Havia também muitos leprosos em Israel nos dias do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro (Lc 4.25-27).
O que essas pessoas tinham em comum? Elas não eram de Israel. Deus não enviou Elias para nenhuma viúva de Israel, mas para uma viúva que era de Sidom. E, nos dias de Eliseu, havia muitos leprosos em Israel, mas nenhum foi curado, senão unicamente Naamã, que era siro.
O primeiro milagre foi de provisão, e o segundo, de cura. Ele veio proclamar boas novas aos pobres, e a boa nova que o pobre deseja é provisão. E também veio para curar os oprimidos.
Quando os que estavam na sinagoga, ouviram isso eles se encheram de raiva, porque eram judeus e se julgavam merecedores das bênçãos de Deus. Mas o Senhor faz questão de mostrar que Deus deseja toda a glória e não fará coisa alguma segundo nosso suposto merecimento. Naamã e a viúva receberam sem merecer. A bênção de Deus não é baseada na lei, num sistema de merecimento. Provisão e cura vêm pela graça.
A cura não tem nada a ver com o que você é, mas com o que Deus é. Não tem nada a ver com a sua fidelidade, mas com a fidelidade de Deus. Não depende do quando você ama a Deus, mas do quanto Ele ama você. Se você entender isso, receberá provisão e cura.
Pr. Aluízio Silva
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