Este é o questionamento de muitos. Por que eu, sendo justo em Cristo, ainda cometo pecados? A primeira resposta que dou é para que a base permaneça correta. Algo muito importante que você precisa saber é que humilde é aquele que reconhece o quanto depende de Cristo. Antes, a nossa experiência de vida estava totalmente unida à de Adão. Potencialmente, todos nós estávamos em Adão quando ele pecou lá no Éden. A Bíblia diz que, pelo erro de Adão, reinou a morte como consequência do pecado sobre toda a humanidade. Assim, o nosso problema está na hereditariedade, e não apenas no nosso comportamento. A menos que possamos mudar o nosso parentesco, não há livramento para nós. A base correta é Cristo. Cristo, por sua vez, é todo inclusivo. Em sua morte e ressurreição, Ele nos tirou de Adão e nos colocou n’Ele.
Hoje você precisa permanecer em Cristo. A Bíblia diz, em 1 João 3.9, que aquele que é nascido de Deus não vive na prática do pecado. Viver na prática é ser insensível a qualquer pecado e praticá-los como um estilo de vida. Em Romanos 6.14, diz: “Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, e sim da graça”. O texto não está dizendo que, em Cristo, recebe-se uma imunidade absoluta aos pecados. O texto não está prometendo que você nunca mais vai pecar. A verdade é que você está em Cristo e agora você é justiça de Deus em Cristo; e, ainda que você cometa pecados, é algo alheio à sua natureza de nova criação.
“Aquele que é nascido de Deus não vive na prática do pecado” (1Jo 3.9). Paulo argumentou sobre a crise de escravidão da lei: “Porque nem eu mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto” (Rm 7.15). No verso 19, ele torna isso bem mais claro: “Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço”. Com clareza, Paulo fala sobre a base correta: “Graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor, de maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas segundo a carne da lei do pecado” (Rm 7.25). Na sequência, o apóstolo fecha o argumento com a poderosa declaração: “Nenhuma condenação há para aqueles que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1). Sabe por quê? Porque a lei do espírito da vida, em Cristo Jesus, o livrou da lei do pecado e da morte (Rm 8.2).
Este é o conflito que gera tormentos ilegítimos naqueles que são imaturos na Palavra da Justiça. Paulo identifica a crise no coração do homem quando diz: “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo dessa morte?” (Rm 7.24). É como alguém que diz: “Infeliz homem que sou! Até quando eu viverei cometendo pecados? Eu sinto o pecado me assediar”. E, então, de maneira triunfal, ele dá o grito de liberdade: “Graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. De maneira que em mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei e da natureza de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado” (Rm 7.25).
Assim, conclui-se aqui a história que você agora é nova criação em Cristo, portanto não é mais um pecador, e sim um justo, justiça de Deus em Cristo Jesus, filho amado de Deus, perfeito e santo, imagem e semelhança de Cristo. Toda a história é: a lei do espírito da vida em Cristo Jesus o libertou da lei do pecado e da morte. E isso aconteceu no exato momento em que você creu em Cristo Jesus e nasceu de novo. A sua natureza é a natureza de Cristo, e não mais a natureza caída e pecaminosa de Adão. Agora a sua natureza é completamente alheia à natureza do pecado, porque agora você é nova criação em Cristo Jesus, e isso é suficiente (2Co 5.17).
Luiz Rigonato – pastor da Videira em Goiânia e supervisor da VINHA
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