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O mover atual de Deus



Todos nós precisamos deixar a lei e viver na graça de Deus. Esse é o mover atual de Deus. Você sabe o que é a lei e a graça? Lei é favor merecido; graça é favor imerecido, é Deus dando e fazendo tudo a quem nada merece. Lei é buscar pelo esforço ter justiça própria; graça é receber como dom a justiça de Cristo. Lei é a justa demanda de Deus sobre o homem; graça é a sua provisão. Lei é o que você é para Deus; graça é o que Deus é para você. A lei nos faz conscientes de nós mesmos; a graça, porém, nos faz conscientes de Cristo. A lei nos desafia a fazer; mas a graça nos desafia a crer. Lei é o nosso amor a Deus; mas graça é o amor d’Ele por nós.

Essa é a presente verdade na qual precisamos estar firmados. O problema acontece quando somos distraídos por outras verdades que, embora bíblicas, não são a verdade atual, a presente verdade. Pedro diz que ele está sempre pronto para lembrar os irmãos da verdade atual para que nela sejam confirmados.


Pelo que não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais e estejais confirmados na presente verdade. (2 Pe 1.12 — ARC)

O que é a presente verdade a que Pedro se refere? É a verdade atual referente à Nova Aliança. A verdade atual é o evangelho da graça.


A PRESENTE VERDADE

Em cada dispensação, existe uma verdade atual para aquele tempo. Quando o homem foi criado e colocado no Jardim do Éden, havia uma verdade atual para aquele momento. O Senhor lhes havia ordenado: “De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.16-17).

Suponha que a queda nunca tivesse acontecido. Nesse caso, nós estaríamos hoje pregando advertindo a todos que não comessem da árvore do conhecimento. Faríamos estudos e seminários mostrando a seriedade da queda. Faríamos isso porque essa seria a verdade atual. Todavia, sabemos que Adão caiu e, por causa da queda, a doença veio, a miséria e a destruição vieram, o envelhecimento e a morte vieram. Todas essas coisas são inimigas de Deus.

Deus, então, liberou a profecia de que da semente da mulher viria aquele que esmagaria a cabeça da serpente (Gn 3.15). Sabemos que a mulher não tem a semente, e sim o homem. Isso nos mostra, portanto, que o Messias nasceria da virgem.

Os séculos passaram e chegamos a Moisés com o povo de Israel diante do monte Sinai. O povo diz a Moisés: “Tudo o que o Senhor falou e nos ordenou nós faremos” (Êx 19.8). Eles nem tinham ouvido os Dez Mandamentos ainda. A partir desse momento, Deus diz a Moisés que ninguém deveria se aproximar do monte, e até o animal que tocasse nele seria morto.

Deus mudou o tom do tratamento com o povo. O Senhor não estava longe do povo em todo aquele tempo em que os conduziu para fora do Egito. Durante o dia, Ele era a nuvem, e à noite, a coluna de fogo guiando a nação. Em nenhum momento, o Senhor lhes havia dito que não se aproximassem. Agora, porém, aconteceu algo no monte Sinai.

Diante da soberba do povo de pensar que poderia cumprir o mandamento do Senhor na própria força, diante da justiça própria que eles demonstravam, Deus resolveu dar a eles a lei com o objetivo de mostrar-lhes sua condição pecaminosa. No momento em que a lei é dada, ela se torna a verdade atual. Era a verdade presente naqueles dias. A verdade de não comer da árvore do conhecimento já era uma verdade antiga, a verdade atual agora era a lei.

Durante mil e quinhentos anos aproximadamente, os profetas pregaram a respeito do problema de se ignorar a lei e quebrá-la. Eles anunciavam toda maldição que isso traria, porque essa era a verdade atual naquele tempo. Entretanto, quando Cristo veio, mudou-se a dispensação, e recebemos uma nova verdade atual.

A lei foi dada por meio de Moisés, mas, mil e quinhentos anos depois, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Hoje, a presente verdade é a Nova Aliança.

Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para uma segunda. E, de fato, repreendendo-os, diz: Eis aí vêm dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá, não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não continuaram na minha aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior. Pois, para com as suas iniquidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei. (Hb 8.7-12)

O próprio Deus diz que a Velha Aliança tinha defeito. Deus achou defeito num sistema perfeito porque o seu povo é imperfeito. Agora Deus faz uma nova aliança e Ele mesmo diz que cumprirá todas as cláusulas dessa aliança, e não há menção de condições impostas ao seu povo.

Ele diz que vai escrever suas leis em nosso coração. Eu gostaria de poder colocar dentro do meu filho o desejo de comer brócolis, mas não tenho esse poder. Deus, porém, pode e é exatamente isso o que Ele fez, Ele colocou a sua lei dentro de nós. Hoje, nós temos em nosso coração o desejo de fazer a sua vontade. “Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.” Essa é uma afirmação poderosa, pois, se estivermos doentes, Ele será o nosso Deus e teremos cura. Se estivermos necessitados, Ele será o nosso Deus e teremos plena provisão.

“Todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior”, diz o Senhor. O conhecimento de Deus hoje é intuitivo dentro de nós. Podemos ter comunhão com Ele em nosso espírito. Não importa se somos crianças ou velhos, cultos ou iletrados, todos podemos conhecer a Deus.

Por fim, o Senhor diz: “Para com as suas iniquidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei”. Essa é a cláusula que torna possível todas as outras. Debaixo da lei, o Senhor disse que visitaria a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e a quarta geração, mas agora Ele não se lembra mais dos nossos pecados. Enquanto Deus se lembra, Ele julga, mas agora não há mais lembrança de nenhum dos nossos pecados. Isso significa que não há mais condenação sobre nós e nem sobre os nossos filhos e netos.

Qual é a parte do homem na Nova Aliança? Ele não precisa fazer coisa alguma, apenas crer. O justo viverá pela fé. Por que muitos não conseguem crer que a lei foi escrita em nosso coração? Por que não conseguem crer que Deus é o seu Deus no meio da necessidade? Por que pensam que não podem conhecer o Senhor? Tudo isso é porque não creem que o Senhor se esqueceu dos seus pecados. Infelizmente, muitos crentes ainda vivem debaixo de condenação, acreditando que os seus pecados estão sempre diante de Deus. Por causa disso, vivem na expectativa do juízo, e não na expectativa da bênção.


NÃO PODEMOS VOLTAR PARA ALGO ANTIGO

O Velho Testamento é também chamado de Antigo Testamento. A Velha Aliança caducou e envelheceu. Não é mais a presente verdade. O problema é que muitos ignoram esse conceito tão simples e continuam ameaçando as pessoas com algo que já não é a verdade atual para o povo de Deus.

É triste quando vemos profetas se levantando como se fossem profetas do Antigo Testamento. Alguns até mesmo dizem se levantar no mesmo espírito de João Batista. Não sabem de que espírito são.


A VERDADE ÚLTIMA

A presente verdade é também a última. Não haverá outra verdade, pois já vivemos a revelação final de Deus, que é Cristo. As últimas palavras de alguém são muito importantes. Em Atos 20, estão registradas as últimas palavras de Paulo aos presbíteros da igreja em Éfeso. Ele diz que se levantariam muitos lobos que perverteriam ou distorceriam o ensino da Palavra e depois ele os encomenda ao Senhor e à palavra da sua graça.

Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue. Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que, por três anos, noite e dia, não cessei de admoestar, com lágrimas, a cada um. Agora, pois, encomendo-vos ao Senhor e à palavra da sua graça, que tem poder para vos edificar e dar herança entre todos os que são santificados. (At 20.28-32)

Muitos dizem que creem na Palavra de Deus. Mas em qual palavra creem? Na palavra da lei ou na palavra da graça? Isso é muito importante, porque somente a palavra da graça tem o poder de nos edificar e nos dar herança. Herança é muito diferente de recompensa. A herança é algo que recebemos unicamente pela graça de termos sido feitos filhos. Edificar significa levantar e construir. Somente a palavra da graça pode realmente edificar a casa de Deus.

A presente verdade, a verdade atual, é que a graça, quando multiplicada, resulta em porção dobrada. Não precisamos nos contentar com o que temos provado, há muito favor à nossa disposição, basta apenas andarmos na luz da palavra da sua graça.

Quero desafiá-lo a buscar ainda mais revelação da graça de Deus. Venha ser inundado com a sublimidade do conhecimento do amor de Deus em Cristo. Abandone todo legalismo e justiça própria, descanse unicamente na justiça que procede da fé.

Creio que coisas maiores acontecerão, mas apenas se permanecermos firmes no mover atual de Deus. Você é privilegiado por receber um depósito de fé e revelação tão poderosos. Ele não lhe foi dado para ficar apenas com você. É tempo de compartilhar a verdade da graça e trazer muitos para a liberdade dos filhos de Deus.

Pr. Aluízio Silva

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“Mas o plano da redenção tinha um propósito ainda mais vasto e profundo do que a salvação do homem. Não foi para isto apenas que Cristo veio à Terra; não foi simplesmente para que os habitantes deste pequeno mundo pudessem considerar a lei de Deus como devia ela ser considerada; mas foi para reivindicar o caráter de Deus perante o Universo. Para este resultado de Seu grande sacrifício, ou seja, a influência do mesmo sobre os entes de outros mundos, bem como sobre o homem, olhou antecipadamente o Salvador quando precisamente antes de Sua crucifixão disse: “Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo. E Eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a Mim”…


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