Na verdade, Jesus estava ministrando e curou um endemoniado que tinha problema
de cegueira e mudez. Ele expulsou o demônio, e aquele homem foi completamente
curado. As multidões se maravilharam do que Jesus havia feito e diziam: “Nunca se viu
tal coisa em Israel” (Mt 9.33). E os fariseus, movidos de profunda inveja do que Jesus
havia feito, sem se importar com a grande cura e com libertação daquele que sofria
possessão demoníaca, disseram: “Ele expulsou esse demônio pelo poder do diabo” (Mt
9.34). Eles cometeram um erro gravíssimo. E não foi um erro isolado, mas era uma
condição permanente do coração dos fariseus contra Deus.
Jesus disse: “Eu vos declaro, todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens,
mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada” (Mt 12.31). O que é
blasfêmia contra o Espírito Santo? É um pecado imperdoável, pois é atribuída a
Satanás uma obra reconhecidamente do Espírito Santo. Assim, esse pecado não pode
ser cometido por um ímpio completamente ignorante das coisas de Deus, mas por
aqueles que já conhecem algo do poder de Deus, ou seja, é muito mais fácil esse
pecado ser cometido por um religioso do que por um ímpio completamente ignorante
das coisas de Deus. Também não é um pecado cometido por equívoco, mesmo
estando consciente de que aquela obra é de Deus, ainda assim ela é atribuída a
Satanás.
Isso é uma difamação contra o Espírito Santo. Dessa forma, um crente nascido de novo
jamais pode cometer esse pecado, porque ele está eternamente salvo, e a blasfêmia
contra o Espírito Santo torna o pecador da blasfêmia eternamente perdido.
Percebemos que os que cometem blasfêmia contra o Espírito Santo ignoram o amor ao
próximo, ignoram a obra de Deus e atribuem coisas que Deus fez, que o Espírito Santo
fez, ao próprio diabo. Isso realmente é um pecado imperdoável.
Pr. Luiz Rigonato
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